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Foto do escritorAlexandre Tanizaki

ADULTÉRIO E COBIÇA

A algum tempo Deus tem tratado meu coração sobre o assunto, que tem afetado bastante a minha vida e desviado minha atenção a ponto de uma cauterização espiritual, abalando consequentemente toda minha família.

“Não adulterarás.” (Êxodo 20:14)


Depois que conheci minha esposa, nunca saí ou procurei outra mulher para encontros amorosos, mas minha mente infelizmente já. Antes mesmo de me converter a Cristo e conhecer seus mandamentos e sua cultura, eu já valorizava a atitude de fidelidade, especialmente entre namorados e cônjuges. Respeitei todas as minhas antigas namoradas e nunca as enganei tendo relações com outras mulheres. Em um determinado momento de minha vida fiquei realmente muito frustrado por insistir num padrão de relacionamento onde valorizava esse tipo de respeito mas que não era o suficiente para mantê-lo vivo e saudável. Passei então a não acreditar mais na estrutura tradicional dos relacionamentos, não quis mais saber de namoro e passei a encontrar e tratar algumas mulheres de forma superficial, a chegar ao ponto de durante a semana ter vários encontros de forma despretensiosa.


Esse modo de relação me pareceu a princípio muito prazeroso, mas depois percebi que era vazio e egoísta. Conheci a mulher que viria a ser minha esposa, resgatei aqueles valores de respeito e fidelidade e depois de um tempo me converti. Pensei que o relacionamento com minha esposa seria diferente por conta da conversão ao cristianismo, que não teríamos problemas como eu tive nos antigos namoros. A questão é que os problemas acontecem independente da pessoa que você partilha o afeto, e a convivência pode ficar cada vez mais difícil no decorrer da jornada.


Passamos por muitas batalhas, e algumas dificuldades que eu encontrei no meu casamento me levou a abrir uma brecha para pensamentos lascivos. Mesmo eu não querendo, minha mente trouxe de volta sentimentos de prazer superficiais através da cobiça. Meus olhos se tornaram a porta de entrada para originar o desejo de estar me relacionando com quem eu nem mesmo conheço.


"Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” (Mateus 6:22,23).


Substitui o prazer que não obtinha em meu casamento me sujeitando a desejar outras mulheres. Havia uma luta dentro de mim, mas quase sempre cedia para obter um desejo oculto paliativo. Tal prática é promovida em nossa sociedade de uma forma tão natural, que me deixei enganar com esse engodo, mesmo após ter refletido que outros homens também poderiam ter um pensamento semelhante com as mulheres de minha família.


“Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.” (Mateus 5:28).


A condição se tornou ainda mais repulsiva e insuportável quando Deus em sua maneira de trabalhar mostrou que era o momento de parar e me entregou uma força a mais pra rejeitar esse hábito, e a isso eu tenho me dedicado por respeito e amor primeiramente a Deus, que também tem se dedicado a mim entregando o amor suficiente para não precisar obter prazer projetando circunstâncias e me preenchendo no que me faltava. Em segundo por respeito e amor a minha esposa, que até o momento não sabia de meus desejos velados, e por mais que tenhamos problemas, ela é a mulher que escolhi dividir a caminhada. Em terceiro em respeito a mulher anônima que não merece o desconforto de um olhar ávido que a viola.


“Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos.” (Romanos 6:12).


Nesse esforço, existe uma postura que escolhi ter sempre que saio em público, ao cruzar com uma mulher que traga em si sua beleza, eu procuro desviar o olhar, por reverência ao próprio Deus, dono dos valores que abriguei em meu coração. Esse é meu manifesto público a Seu amor.



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