A pandemia chegou ao Brasil em tempos tempestuosos e trouxe consigo mais obscuridade do que já estávamos vivenciando. O Coronavírus por si só é um perigo eminente para a sociedade, e se isso já não bastasse, a tendência da população em descredibilizar profissionais especialistas têm potencializado os riscos de um contágio ainda maior, podendo elevar o número de óbitos à pessoas que poderiam ter suas vidas poupadas.
No dia 17 de Março foi decretado estado de emergência à cidade de São Paulo, cidade em que eu resido, e é um dos epicentros do COVID-19. O decreto determina que as “fundações com unidades de atendimento ao público deverão manter os serviços essenciais, avaliando a possibilidade de suspensão, redução ou alteração dos serviços, no intuito de reduzir, no período de emergência, o fluxo e aglomeração de pessoas nos locais de atendimento.” . No dia 22 de Março foi decretado medida de quarentena para o estado de São Paulo, este determina que a “(a) medida de quarentena no Estado de São Paulo, consistente em restrição de atividades de maneira a evitar a possível contaminação ou propagação do coronavírus(...)”. E em 6 de Abril, é publicado decreto da extensão do período de dias de quarentena até dia 22 de Abril.
Desde que o decreto teve sua primeira publicação, a igreja em que eu congrego e outras que conheço como a de meus amigos, tem realizados os cultos apenas de forma virtual por meio de transmissões em redes sociais, aconselhando e incentivando a quarentena a sua membresia e a população. Os responsáveis pela igreja sabem sobre o risco do contágio e optam pela preservação da saúde e a vida de seus irmãos, uma decisão que pode parecer óbvia, mas nem sempre é a decisão que alguns ditos líderes religiosos têm tomado.
Precisamos saber diferenciar quem é quem nessa história, os reais pastores, líderes e colegiados dedicados seriamente em realizar o trabalho de formação e desenvolvimento espiritual de sua igreja, porque de fato professam fé em Deus e crêem nos valores fundamentais de sua religião de forma sensível, para atuar compassivos e em amor impactando positivamente e de diversas formas o seu entorno, diferente dos lobos gananciosos vorazes pelo poder e dinheiro, que se dizem líderes religiosos mas praticam charlatanismo enganando pessoas simples, confundindo-os com falsos ensinamentos religiosos para atender seus desejos escusos.
Essa raça de víboras que mancha todo um grupo religioso pelas suas práticas desajustadas, que em nada tem a ver com os reais fundamentos de Cristo, pode ser reconhecida pelo interesse detrás dos discursos, o discurso dissonante com o texto bíblico, pelo espetáculo circense no lugar da liturgia, por barganhas baratas, na prosperidade pessoal no lugar da teologia cristocêntrica. Sobre esses ditos líderes, não dá nem pra dizer que professam fé alguma, a não ser em Mamom, o deus do dinheiro. “Transformaram o templo num covil de ladrões” (Mateus 21:13). Então o que devemos esperar deles? Que se arrependam.
Que fique claro que minha crítica está endereçada aos ditos líderes e não as ovelhas, ou os fiéis como a mídia intelectualizada costuma dizer.
Enquanto esse pessoal não se arrepender, continuaremos a ver cada vez mais ações em desatino, como discursos que causam descrédito a ações de quarentena dando pouco caso a um vírus que avança matando mais de 30 mil no planeta, e a contagem aumenta. Esse povo age assim mesmo, eles não têm escrúpulos, arriscam vida de pessoas para não arriscar seu próprio bolso. Só que não dá pra confundir gente séria, líderes religiosos de verdade com esse tipo de gente. É o mesmo que descredibilizar pessoas que levaram anos de estudo e prática teológica e acreditar em fakenews do grupo de whatsapp.
As igrejas evangélicas sérias têm fechado suas portas totalmente ou quase, mantendo apenas o mínimo possível de funcionamento in loco, para acolhimento de casos emergenciais como a de pessoas em estado de pânico e ações sociais sempre atendendo as recomendações de órgãos oficiais, como a OMS (Organização Mundial de Saúde). Os cultos realizados são acompanhados através de Lives em redes sociais, tem também vídeo aulas de estudos bíblicos e devocionais diários. A igreja tem usado muitas formas de comunicação a distância através da tecnologia que atualmente dispomos para ajudar na rotina e não expor vidas de forma desnecessária.
Há aqueles que bradam sobre a importância da reunião dos crentes, e de fato é importante, mas agora é o momento de lidarmos de forma inteligente com a impossibilidade momentânea com as reuniões de corpo presencial, e a tecnologia nos ajuda a continuarmos nos reunindo, mesmo que virtualmente. Deus não deixa de estar entre os exilados.
Se ainda existe alguma dúvida para aqueles que podem restringir sua circulação, se irá de fato aderir a quarentena ou porque é jovem e não se enquadra no grupo de risco ou tem físico de atleta, Deus nos dá o mandamento de amar, mas também de “não matarás.” (Deuteronômio 5:17). E que a “Religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é (cuidar) dos órfãos e das viúvas nas suas aflições, (Tiago 1:27) atentemos que as viúvas do texto são os idosos, atualmente público que se encaixa no quadro de risco pela pandemia. E que “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.” (Romanos 13:1,2).
Irmãos vamos exercer nossa identidade e proteger os demais, se possível não se exponha para não expor as outras pessoas ao vírus. Amem uns aos outros assim como Jesus te amou - João 13:34
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SITES REFERÊNCIA:
OPAS/OMS - Brasil.
Folha informativa – COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus).
OMS lança versão em português de número de Whatsapp sobre COVID-19.
Decreto Declara Situação de Emergência no Município de São Paulo.
Decreto Quarentenano Estado de São Paulo, no Contexto da Pandemia do COVID-19
Decreto Estende o Prazo da quarentena
Victor Fontana
Você é cristão mesmo?
Falsos Profetas
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