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Foto do escritorAlexandre Tanizaki

PORQUE TARDA O PLENO AVIVAMENTO? PARTE I

Atualizado: 31 de jan. de 2021

Edificando Um Império Para Deus & Marcado Como Propriedade de Cristo.

Ilustração digital de fundo na cor amarelo mostarda com imagem minimalista de uma barba grande e bigode na cor marrom.

“E não nos afastaremos de ti; vivifica-nos, e nós invocaremos o teu nome.” (Salmos 80:18)


Avivar é tornar mais vivo, e quando nos referimos ao avivamento na igreja cristã estamos falando de um ato que vem de Deus, uma ação soberana, no momento e no lugar em que Ele bem entender. É uma ação do Espírito Santo que exerce de forma especial e extraordinária a renovação da vitalidade espiritual no povo de Deus, trazendo ao cristão o intenso senso de sua própria pecaminosidade perante a gloriosa presença do Senhor. A comunidade se estremece e busca veemente a santidade e a renovação da fé.


O avivamento é muitas vezes confundido com intensidade de emoção na adoração, experiências com línguas estranhas, pregações e conversões dramáticas, manifestações físicas, rodopios e hadoukens que podem ou não ser de fato experiência genuína do Espírito Santo, mas em si somente essas experiências não são provas de um verdadeiro avivamento.


No Brasil muitos acreditam que apesar do grande e gradual movimento de conversão ao cristianismo não há ou não aconteceu de fato um avivamento, e o pastor Sillas Campos observa que isso ocorre porque a maioria dos grupos evangélicos estão mais preocupados com o crescimento numérico da igreja, enquanto os mais ortodoxos se preocupam com pureza doutrinária.


A vida de Paulo pode nos ensinar o porque tarda o pleno avivamento na comunidade cristã. Sua referência na espetacular experiência com Deus desde a conversão até a sua morte, traz evidências do avivamento que mudou não somente a sua vida mas também a de muitos outros que se tornaram crentes a partir de seu exemplo.


Antes era conhecido como Saulo, um religioso exaltado, rígido e legalista, fariseu dedicado na vida e cultura judaica, perseguidor de quem professava a fé em Cristo lhes impondo a prisão e morte. Na busca por honrarias alimentou sua vaidade se considerando impecável.

“E Saulo estava ali, consentindo na morte de Estêvão. Naquela ocasião desencadeou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria. (…) Saulo, por sua vez, devastava a igreja. Indo de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os lançava na prisão. ” (Atos 8:1,3)


Até que se defronta com o próprio Cristo numa visão repentina, passando por uma transformação radical. Uma visão que o cegou para todas as honrarias terrenas e glórias intelectuais. “Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que você me persegue?’ Saulo perguntou: ‘Quem és tu, Senhor? ‘ Ele respondeu: ‘Eu sou Jesus, a quem você persegue.’” (Atos 9:3-5)


‘Aquele que já teve uma experiência com Deus nunca será dissuadido por argumentação humana, pois uma experiência com Deus que custa alguma coisa vale muito, e realiza uma obra em nós.’ (Leonard Ravenhill)


Paulo se converte ao cristianismo e certamente sua linhagem judaica lhe trazia privilégios em seu conhecimento na palavra, então ele se aproveitou disso para proclamar o evangelho, porém enfrentou várias adversidades, doando-se completamente a obra de Deus, permitindo inclusive destruir seu próprio ego para testemunhar a favor do Reino. Sendo exemplo em assumir ser pecador e mostrar sua transformação através de Cristo, renunciando totalmente sua vida para que Cristo faça morada em si. “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gálatas 2:20)


Existiram momentos de fome, cárcere, naufrágio, solidão, perseguição, açoite e apedrejamento. Na pobreza aprendeu a viver com o que tinha e tornou-se literalmente um exemplo no meio dos cristãos, demonstrando na prática a vida em Cristo.


Trazia consigo as marcas de Jesus, estigmas espirituais de uma crucificação interior e carregava um espinho na carne, mas mesmo assim as considerava leves e momentâneas tribulações. “(…) pois trago em meu corpo as marcas de Jesus.” (Gálatas 6:17)


Sua obediência a Cristo trouxe uma vida de sofrimento imposta pelas pessoas que se opunham a ele. “pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.” (2 Coríntios 4:17). Em consequência Paulo dedica-se a oração.


O teólogo Russell Shedd relata que a oração é estimulada pelo Espírito Santo e se torna vital para a vida espiritual. Foi também especial para o avivamento do ano de 1727 na Saxônia e que teve a duração de cem anos através da oração dedicada todo o tempo sem cessar, sempre tinha um crente em algum lugar orando para que o avivamento durasse, repercutindo em missões evangelísticas por vários países e continentes durante esse período.


‘A oração desenvolve em nós o tônus espiritual, mas também nos acarreta mais sofrimentos; dá-nos resistência espiritual, e nos faz crescer em santidade; faz-nos fortes no espírito, e traz sobre nós o fogo.’ (Leonard Ravenhill)


Em seu amadurecimento cristão Paulo aprendeu a amar não só aqueles mais chegados, mas exercendo em primeiro lugar o seu amor ao Senhor, conseguiu obter amor aos próprios inimigos. E com certeza se dedicou intercedendo em oração motivado por amor. “Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,” (Mateus 5:44). Ofertou sua vida para que judeus e gentios pudessem conhecer a salvação, dedicou-se mais ainda para o excluído e perdido.


Paulo não estava preso a dogmas, filosofias ou doutrinas legalistas, desprezava a sabedoria do mundo e não tinha a pretensão de superar os pensadores. Em sua humildade ele produzia o fruto do Espírito, realizava missões evangelísticas pelas cidades enquanto trabalhava consertando tendas para prover seu sustento. Ansiava que todos os homens fossem como ele - 1 Coríntios 7:7. “Embora possam ter dez mil tutores em Cristo, vocês não têm muitos pais, pois em Cristo Jesus eu mesmo os gerei por meio do evangelho. Portanto, suplico-lhes que sejam meus imitadores.” (1 Coríntios 4:15,16)


E esse mesmo Espírito que estava com Paulo pode estar em nós. “Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês.” (Filipenses 4:9)


Nossa sociedade cristã moderna comparada a Paulo parece não avaliar bem sua própria importância e carece de mais brio para assumir posturas semelhantes, deixando de lado o costume egocêntrico e se entregando a um real e efetivo avivamento através do Espírito.


“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13,14)



REFERÊNCIAS


Porque Tarda o Pleno Avivamento? – Capítulo 14: Edificando Um Império Para Deus; Capítulo 15: Marcado Como Propriedade De Cristo.

Autor: Leonard Ravenhill


Vivifica-nos! e Invocaremos o teu nome - Conferência Fiel Pastores e Líderes 2015


31ª Conferência Fiel - Você tem Buscado um Avivamento? - Vinícius Musselman entrevista Sillas Campos.


17ª Consciência Cristã - Poder da Oração (Avivamento na Bíblia e na História) – Preletor: Russell Shedd.




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